Monólogo de poeta

É a tal reflexão que já ando fazendo
Gostaria muito de voltar aos meus 16, 17 e 18 anos,
Porque lá não tinha responsabilidade e eu tinha um ar de que sabia tudo
Hoje, não sei nada, as pessoas não são como nós gostaríamos que fosse

Os amores,
Tornaram-se os ficantes de hoje
E estes são ventos que rapidamente vão embora

A tristeza,
Enxugamos em um copo bem cheio de cerveja

A alegria,
Temos nos momentos inusitados de nós com nós mesmo.
A vida se torna refúgio do "a quem"
E "o que" se torna um problema do Ser

É verdade! Os trinta anos vem chegando,
Na mesma intensidade de que chegou os 20
Assim será cada etapa de nossa vida.
Uma busca eterna de tentar reavaliar
O que não pode ser reavaliado, por circunstâncias ínfimas

A busca da alegria ou da felicidade se mistura a cada dia
E rezamos que sempre tenhamos os sonhos que não nos permitimos no passado.
Neste monólogo de poeta, ficaremos preso

E as respostas, certezas da grande realidade, nunca as teremos
Apenas temos que viver,
Aceitar o passado e caminhar para frente
Evitando os fantasmas do passado e acreditando nos anjos “se fosse assim” do futuro


Dom Scartinelle